sábado, 14 de maio de 2011

COMENTÁRIOS À PACTUAÇÃO DOS IRMÃOS DO HILÉIA - 2

2) Batista porque nos identificamos com os princípios históricos que recebemos da identidade batista conservada através dos séculos principalmente pelo Novo Testamento (vf Mc 1.1-8; Mt 3.1-13; 28:18-20);
 A igreja de Cristo iniciou com pregação precursora de João batista que batizou Cristo; Cristo estava referendando que aquele batismo vinha do comando de Deus. Cristo ordenou uma missão batizadora ou batista na formação de seus discípulos. As características que Cristo iniciou e fundamentou sua igreja foi, pois de prática batista e essa prática ordenou aos seus enviados treinados que a continuassem ate o fim do mundo. Ao declarar que estaria com sua igreja até o fim dos séculos, Cristo está garantindo a continuidade e a permanência de sua verdadeira igreja! Através dos séculos o grupo de cristãos que tem lutado a preço de sangue para manter a identidade neotestamentária de suas igrejas são os batistas.
 Os batistas por rejeitarem o desvio doutrinário no conceito e na natureza da igreja, seu governo, sua ordem e suas ordenanças determinaram historicamente o estabelecimento de um eixo identificador e distinto dentro do cristianismo, por isso geralmente foram apelidados de anabatistas entre outros nomes. Nós batistas não estamos identificados historicamente com o romanismo, nem o com protestantismo.
 Os batistas se notabilizaram, através dos séculos, pela defesa dos seguintes princípios históricos:
o 1) As Escrituras Sagradas como Única Regra de Fé e Prática;
o 2) O conceito de igreja como uma comunidade fraternizada local visível, autônoma, democrática, formada por pessoas regeneradas e biblicamente batizadas;
o 3) Absoluta liberdade de consciência em matéria de religião e fé;
o 4) Separação entre igrejas e estado civil;
o 5) Apostolicidade e autenticidade das igrejas;
o 6)Responsabilidade individual diante de Deus;
o 7)Identidade e continuidade histórica antissacramentalista, antipedobatista e anabatista;

 O que determina fundamentalmente uma identidade batista são seus princípios neotestamentários; historicamente o que tem distinguido os batistas dos demais credos está no 7º. Ponto acima citado: que rejeita a magia sacramental adotada no romanismo e persistindo no protestantismo e fortalecido atualmente pelo neopentecostalismo; o sacramentalismo é raiz do pedobatismo (batismo infantil) e causa da dissidência entre as igrejas fiéis e infiéis que ocorrera em 225 d.C. que levou-nos sermos chamados de batistas e ou anabatistas. Quando uma igreja batista abandona o ponto 2º. Que trata do nosso conceito de igreja, essa jamais será entendida como uma igreja batista. Os batistas são mal julgados porque nós pensamos como comunidade visível e local, mas a mentalidade católica e liberal da cultura brasileira bloqueia o entendimento por parte desses aos batistas. Um discípulo jamais será batista até entender que ele deve está aliançado com uma comunidade de fé bíblica do NT comum onde só Cristo governa e todos se submetem uns aos outros com humildade, respeito, amor e moderação. Quem se submete presta contas, é sincero: obediência, submissão e aliança inquebrável em Cristo.
 A reforma chamada protestante encabeçada por Lutero foi antecedida pelos batistas chamados anabatistas. A pactuação de Schleithim antecipou-se às teses de Lutero e eles sofreram perseguição dos principais reformadores famosos porque esses não queriam ou não conseguiram desvincular-se do Estado político. Eles vieram dos cátaros (puritanos) valdenses (ou valenses ou vandóis) que viviam escondidos nos vales e Alpes, que eram uma continuidade de batistas oriundos de séculos remotos. Os batistas ingleses já oriundos dos batistas galeses que eram fruto do trabalho do Ap Paulo através do casal citado em 2ª. Tm 4.21, a saber, Claudia e Pudente.
 As Principais Peculiaridades dos Anabatistas que surgiram na Reforma foram:
o 1) DISCIPULADO RADICAL: as implicações do discipulado coloca que o relacionamento com Cristo deve ir além da experiência interior e da aceitação de doutrinas. Deve envolver uma caminhada diária com Deus, em que os ensinamentos e exemplos de Jesus moldam um estilo de vida transformado. Um anabatista disse: “Ninguém pode verdadeiramente conhecer a Cristo a não ser aquele que segue-o em vida”. Isso significa obedecer as “palavras claras e vivas do Filho de Deus, cuja palavra é verdadeira e cujo mandamento é vida eterna”. Os anabatistas rejeitavam os juramentos devido ao claro mandamento de Jesus no sermão da Montanha: “De maneira nenhuma jureis: nem pelo céu(...), nem pela terra(...), ou por Jerusalém”(cf Mat 5.34, 35). Para os anabatistas não há gradações ao falar a verdade.
o 2)PRINCIPIO DO AMOR: Como conseqüência lógica do primeiro. Ao relacionar-se com não batistas reagiam como pacifistas; jamais lutar para defender-se de seus perseguidores, nem tomariam parte da coerção exercida pelo Estado. A ética do amor se expressava dentro da comunidade na forma de ajuda mútua e redistribuição das riquezas (como ocorria com anabatistas na Moravia o Comunalismo Hutterita);
o 3)VISÃO CONGREGACIONAL: Nas assembléias anabatistas, todos os membros deviam ser crentes batizados voluntariamente pela confissão de fé pessoal em Cristo. Cada crente, então, era um sacerdote para seus outros irmãos e um missionário para os descrentes.

AUTOR:LINS, C.D.F. - Igreja Batista do Caminho no Hileia
MANAUS-AM, 2011.

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