Os batistas do sétimo dia datam sua origem após o movimento de dissidência do século XVI e XVII na Inglaterra, no qual muitos não viam esperança em reformar mais profundamente a Igreja da Inglaterra e retiraram-se para formar outras congregações. Dentre essas congregações estavam a congregação da cidade de Gainsborough em Lincolnshire cujo líderes eram John Smyth e Thomas Helwys. Em 1607, a congregação deixou a Inglaterra e foram para os Países Baixos onde receberam influências de doutrinas anabatistas através dos menonitas. Logo John Smyth concluiu que crianças não devem ser batizadas pois não há relato bíblico de batismos de crianças e Jesus Cristo ordenou a instrução e somente depois, o batismo. A congregação de Smyth em Amsterdã fundada em 1609, é considerada a primeira igreja batista. Dois anos depois, a igreja dividiu-se e parte retornou junto com Thomas Helwys à Inglaterra, nos arredores de Londres. Dali as práticas e ensinos batistas espalharam-se pelo país.
Apesar de alguns já terem abordado o tema do sétimo dia na história da igreja, a observância do sábado na Inglaterra era trocada pelo primeiro dia da semana, o domingo. Foi após 1617, com Hamlet Jackson e o casal John e Dorothy Traske que considera-se o início da observância do sábado na Inglaterra e a ocorrência de conhecidos debates sobre o assunto. O início aconteceu em Londres, onde o seguidor do pregador J. Traske, chamado Hamlet Jackson, um alfaiate e estudante autodidata da bíblia, o convenceu do repouso do sétimo dia (o sábado). Após um certo período do convencimento do pregador John Traske, o mesmo foi acusado de escrever duas cartas escandalosas ao rei e condenado pelas autoridades à prisão no dia 19 de junho de 1618 por "(…) ambicionar ser líder de uma facção judaica". Depois de um ano preso, John Traske retratou-se, foi solto e tentou desviar seus seguidores desta e de outras doutrinas que pregava. Todavia, Dorothy Traske não renegou suas convicções e permaneceu 25 anos na prisão.
Após estes, outros grupos também guardavam e declaravam a observância do sábado, o que gerava retaliações pelas autoridades políticas e eclesiásticas da época. Sob o governo republicano da Comunidade da Inglaterra entre 1649-1660 os cristãos das ilhas britânicas desfrutaram de relativa liberdade religiosa e política. O fato proporcionou a busca de uma identidade religiosa e um enfoque maior nas escrituras ao invés de outros elementos como a tradição, com isso surgiu finalmente na história da igreja os primeiros batistas do sétimo dia. Em 1650, James Ockford publicou em Londres o livro The Doctrine of the Fourth Commandment, Deformed by Popery, Reformed & Restored to its Primitive Purity [A doutrina do Quarto Mandamento, deturpado pelo catolicismo, reformado & restaurado à sua pureza inicial], foi os primeiros escritos de um batista defendendo a observância do sábado. O livro gerou tamanho incômodo, que o prefeito de Salisbury - Inglaterra, cidade onde J. Ockford morava, solicitou do Presidente do Parlamento orientações de como tratar a obra, então, junto com uma comissão parlamentar foi determinado que todas as cópias fossem queimadas sem dar a oportunidade de James Ockford defendê-las. Apenas uma cópia escapou, guardada hoje em uma biblioteca na cidade de Oxford.
A primeira Igreja Batista do Sétimo Dia conhecida foi a Igreja de Mill Yard estabelecida em Londres, onde ocorreu o primeiro culto em 1651, realizado pelo conhecido Dr. Peter Chamberlen "o terceiro". Os primeiros registros de atividades da igreja foi destruído num incêndio (criminoso?), o segundo livro de registros está em posse da atual Seventh Day Baptist Historical Society [Sociedade Histórica dos Batistas do Sétimo Dia]. O primeiro pastor a ser oficialmente considerado responsável pela congregação foi William Saller, que dentre outras atividades, escreveu onze livros e um livreto.
Fonte: história dos batistas do sétimo dia
Portanto da prisao de Dorothy Traske em 1618 até a fundação da primeira igreja batista do sétimo dia em 1751 se passaram 33 anos.